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Dívida governamental ou dívida pública descrevem o endividamento de qualquer divisão administrativa, desde uma vila até um país. A dívida do governo de um dado país também é chamada por vezes de dívida nacional. Pode ser categorizada como sendo uma dívida interna — quando o governo deve dinheiro a entidades do próprio país — ou externa — se se deve dinheiro para entidades de outros países que não o devedor. Em geral, a dívida pública é aquilo que o setor público deve aos bancos (como créditos bancários) e, principalmente, aos portadores de títulos públicos (que também podem ser de propriedade de bancos).
Os títulos públicos podem ter juros pré-fixados ou pós-fixados. Nos títulos pré-fixados, os juros são definidos previamente ao lançamento ou são determinados nos leilões de venda. No caso de títulos pós-fixados, os juros dependem do comportamento futuro de outras variáveis, sendo que, no Brasil, dependem principalmente da taxa de juros para operações financeiras de curto prazo (a taxa SELIC, determinada pelo Banco Central do Brasil), mas também dos índices de inflação e da variação cambial.
O sistema da dívida é um modo de acumulação com a utilização do instrumento de endividamento público às avessas, retirando recursos em vez de os aportar. Segundo Karl Marx, a única parte da riqueza que é coletivizada é a dívida pública. A democracia contemporânea ao invés de sanar a questão da dívida ajudou a eleva-la na Tunísia. Segundo Maria Lúcia Fattorelli, o crédito da dívida foi mal usado e virou um "endividamento às avessas". A China começou a se desenvolver ao dar calote nas suas dívidas durante o comunismo chegando a ser o principal credor do mundo. A auditoria da dívida recolheu dados de rentistas nacionais e internacionais que ganharam valores monetários no século XXI. O sistema da dívida tem fortalecido a destruição ambiental. O sistema da dívida também é usado como uma estratégia de guerra. Só nos Estados Unidos existem 30 milhões de pessoas abaixo da linha da miséria por conta desse sistema de dívida.